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Capítulo 7

  Dia 4

  Ainda no quarto dia, o clima parecia mais calmo. As pessoas estavam felizes com a chegada do exército, gritando e aplaudindo enquanto helicópteros pousavam e caminh?es militares cercavam a área.

  O general desceu de um dos helicópteros e foi até uma plataforma improvisada.

  General Travis O’Conor:

  — Aten??o, todo mundo! Eu sou o General Travis O’Conor do Exército dos Estados Unidos e estou aqui para resgatar vocês!

  A multid?o aplaudiu e gritou de alegria, como se finalmente tivesse chegado a salva??o.

  Mas, no meio da euforia, algumas pessoas que já haviam sido afetadas pela onda de choque come?aram a questionar.

  Homem na multid?o:

  — Onde vocês v?o levar a gente?!

  O general respondeu com um sorriso frio:

  General:

  — Nós temos instala??es do governo para casos como este. Vocês v?o ficar seguros lá.

  Mas foi aí que um estrangeiro, com a voz tremendo de suspeita, gritou:

  Estrangeiro:

  — Instala??es do governo?! Para fazerem experiências em nós?!

  O murmúrio virou um barulho crescente de desconfian?a. O general tentava manter o tom calmo:

  General:

  — N?o, n?o! N?o s?o experiências. A gente só precisa entender o que se passa com vocês. Isso pode ser uma doen?a tóxica ou radioativa…

  De repente, outra pessoa, com olhos brilhando com poder recém-despertado, gritou:

  Pessoa na multid?o:

  — Ele está mentindo! Eu posso ler os pensamentos dele! Eles querem nos transformar em soldados deles!

  Natasha sussurrou para os amigos, com os olhos arregalados:

  Natasha:

  — Oh, Dios mío…

  O tumulto crescia. As pessoas protestavam e o general ainda tentava controlar a situa??o:

  General:

  — Vocês têm a oportunidade de fazer algo grande pelo nosso país! Os Estados Unidos estar?o no topo com a ajuda de vocês!

  Foi quando um brasileiro, com sotaque forte e cheio de raiva, gritou:

  Brasileiro:

  — Os Estados Unidos n?o é o meu país! Eu só vim aqui ver a Copa! Meu verdadeiro país é o Brasil! Como é que eu vou ser do vosso exército? E o meu Brasil, como fica?!

  O tumulto explodiu. Pessoas de diferentes nacionalidades come?aram a gritar, se recusando a ir com o exército.

  Russo (apontando pro brasileiro):

  — Esse homem aí tem raz?o! Eu n?o posso trabalhar pros Estados Unidos! Tenho meu próprio país que precisa de mim! E se mandarem a gente atacar nossas próprias na??es?

  Brasileiro:

  — é isso aí! E se a gente recusar? Só queremos voltar pra casa!

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  O general, agora sem paciência, respondeu com frieza:

  General:

  — Infelizmente, isso n?o é possível.

  De repente, os soldados levantaram as armas e apontaram pra multid?o.

  Natasha (com a voz falhando):

  — Dios mío… No es que aquel desgraciado tenía razón…

  Zoey:

  — Pois tinha.

  Algumas pessoas, com medo, aceitaram entrar nos caminh?es e helicópteros do exército. Outras ficaram, se recusando com firmeza.

  O general, obcecado pelo poder, n?o podia permitir que outros países tivessem super-humanos. Ent?o ele ordenou:

  General:

  — Atirem!

  Os soldados abriram fogo.

  As ruas viraram um campo de batalha. Pessoas com poderes come?aram a se defender como podiam.

  O caos dominava mais uma vez.

  Jason e os amigos entraram na corrida pela vida, em panico.

  O exército os perseguia com carros blindados e metralhadoras.

  Jason usava sua for?a para arremessar veículos e abrir caminho. Natasha lan?ava chamas contra os soldados que tentavam cercá-los.

  Mas, quando chegaram num beco sem saída, o desespero bateu.

  Jason cerrou os punhos, sentindo a energia pulsar no peito como uma bomba prestes a explodir. Ele queria soltar tudo, abrir caminho à for?a, mas uma rápida olhada ao redor o paralisou — Natasha estava ofegante ao seu lado, com cortes no rosto, e a Zoey sangrava encostada na parede. Os soldados do governo bloquearam a saída. Se ele liberasse toda a for?a ali, n?o só derrubaria os inimigos, mas também esmagaria os amigos e desabaria o próprio beco sobre eles. E naquele momento o seu poder parecia uma amea?a aos seus amigos, seu poder era inútil. Ele rangeu os dentes, impotente

  Um veículo militar parou na entrada do beco — uns 40 metros de distancia.

  Natasha:

  — Eles est?o muito longe, o meu fogo n?o os alcan?a

  Jason:

  — E eu n?o consigo fazer nada! Nathan, faz aquele truque com tua mente de novo!

  Nathan (tremendo):

  — Eu n?o consigo… T? assustado demais!

  Natasha:

  — ?Ahora no es momento de tener miedo! ?O morremos aquí!

  Eles estavam encurralados.

  Sem portas, sem rotas de fuga. Era o fim.

  Mas, no último segundo, um som de motor furioso ecoou.

  War surgiu dirigindo uma velha van e bateu com tudo no carro do exército, salvando os quatro.

  Os quatro (gritando de alívio):

  — War!!!

  Eles correram e pularam na van enquanto War acelerava pra fora dali.

  Atrás deles, a cidade era um inferno. Pessoas morrendo, fugindo para todos os lados. Helicópteros levando os que se renderam. O resto sendo massacrado.

  No carro, os jovens tentavam processar tudo.

  Natasha (tentando quebrar o gelo):

  — Quando tudo isso acabar... lembre-me de assistir a um filme da Marvel.

  Jason:

  — War… você tinha raz?o. Eles vieram mesmo por nós.

  War (calmo, mas duro):

  — Eu avisei.

  Zoey (indignada):

  — Eles atacaram as pessoas!

  War:

  — Eu avisei.

  Nathan:

  — Nosso governo… é mal!

  War:

  — Eu avisei.

  Natasha:

  — Tú eres un…

  War (interrompendo):

  — Isso n?o vai funcionar. Devia só admitir que eu estava certo.

  Natasha:

  — Ni pensarlo.

  Zoey (abaixando a cabe?a):

  — War… desculpa… eu…

  War (com um olhar compreensivo):

  — Fica tranquila, Zoey. Eu entendo. Eles s?o tua família.

  O peso emocional do que havia acontecido lá atrás tomou conta do lugar… Os jovens lamentavam bastante pela tragédia e mortes que o exército causou.

  Zoey (chorando):

  — O que vamos fazer agora? N?o temos pra onde ir! Eles mataram todo mundo lá atrás!

  Jason:

  — Oh meu Deus… havia crian?as lá. O que está acontecendo aqui?!

  Natasha:

  — ?Mataram todo mundo, Dios mío, qué vergüenza!

  Nathan (desesperado):

  — E o que a gente faz agora?! Pra onde vamos?! Como voltamos pra casa?!

  War:

  — Sinto muito em dizer, mas… vocês n?o podem voltar pra casa.

  Zoey:

  — Por quê?

  Nathan:

  — Como assim?!

  Natasha:

  — Ay no… n?o venha com essa agora…

  Jason (racional, mas firme):

  — Calma, galera… War tem raz?o. N?o podemos voltar. Em casa é o primeiro lugar que eles v?o procurar. Estaríamos colocando nossas famílias em perigo.

  Nathan (desabando):

  — Ohhh… de novo n?o!

  War:

  — N?o podemos voltar pra Nova York agora. Precisamos pensar. Até lá… estamos por nossa conta.

  O silêncio tomou conta da van. Eles seguiram pela estrada, sem destino, carregando o peso de saber que agora eram fugitivos.

  Garotos que só queriam voltar pra casa.

  Horas Depois… No Posto de Gasolina

  O grupo parou num posto de gasolina abandonado.

  O motor da van estava quase seco.

  War desceu pra encher o tanque, Jason foi pegar suprimentos dentro da loja, e Natasha, Zoey e Nathan ficaram no carro.

  Tudo parecia… tranquilo.

  Nathan, tentando distrair a mente, usava sua telecinese para mover uma lata no ar.

  Zoey olhava pela janela, Natasha respirava fundo.

  Natasha:

  — Vocês notaram algo diferente naquelas pessoas quando usavam os seus poderes?

  Zoey:

  — O quê? O que você viu?

  Natasha:

  — Eles tinham marcas em seus corpos que brilhavam

  Nathan:

  — Eu n?o vi nada.

  Zoey:

  — Isso é porque você tava com a cabe?a sempre baixa, até o War aparecer.

  Natasha:

  — Yo también quería no haber visto nada… aquilo foi pesado

  Zoey:

  — Eu estou com muito medo…

  Natasha (abra?ando Zoey):

  — N?o tenhas medo, eu protejo você... N?o deixo que nada e ninguém te fa?a mal.

  Nathan:

  — até do War?

  Zoey:

  — Nathan!..

  Natasha:

  — Principalmente del War.

  Zoey:

  — E o que o War tem a ver com essa conversa?!

  Natasha:

  — é só ver o brilho dos teus olhos quando falas dele

  Zoey:

  — n?o tem nada nos meus olhos, vocês est?o imaginando coisas…

  Eles continuavam conversando, até que lá dentro da loja, Jason come?ou a tremer.

  As m?os dele brilharam com uma energia azul intensa.

  Seus olhos também come?aram a emitir luz.

  Jason (sussurrando, com medo):

  — N?o… de novo, n?o…

  Seu peito queimava, a energia acumulada escapando por cada poro.

  Entrando em sobrecarga.

  Uma explos?o de energia rasgou o teto da loja, subindo ao céu como um raio azul brilhante.

  Os raios come?aram a sair do corpo dele em todas as dire??es.

  Um deles acertou um tanque de combustível próximo.

  BOOOOM!

  A explos?o foi devastadora.

  War, do lado de fora, viu a bola de fogo vindo na dire??o deles.

  Ele correu e bateu com for?a a porta da van, fechando-a no último segundo, protegendo Natasha, Zoey e Nathan dentro dela.

  Na fra??o de segundo antes da onda de choque, Natasha viu War e teve um flash do Tony fechando a porta do café.

  Uma lembran?a que gelou o cora??o dela.

  A explos?o os atingiu com for?a brutal.

  A van foi arremessada e capotou violentamente.

  War foi esmagado contra o lado do veículo com tanta for?a que ficou com o corpo queimado e ferido gravemente, numa situa??o de quase morte.

  Jason, inconsciente no meio dos escombros, com a pele ainda brilhando fracamente.

  A van amassada, com Natasha, Zoey e Nathan presos e atordoados lá dentro.

  Mais um momento de panico.

  Mais um desastre.

  Mais uma tragédia na vida desses jovens.

  O que aconteceu com Jason? War está vivo?

  Continua…

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