Dia 4
Ainda no quarto dia, o clima parecia mais calmo. As pessoas estavam felizes com a chegada do exército, gritando e aplaudindo enquanto helicópteros pousavam e caminh?es militares cercavam a área.
O general desceu de um dos helicópteros e foi até uma plataforma improvisada.
General Travis O’Conor:
— Aten??o, todo mundo! Eu sou o General Travis O’Conor do Exército dos Estados Unidos e estou aqui para resgatar vocês!
A multid?o aplaudiu e gritou de alegria, como se finalmente tivesse chegado a salva??o.
Mas, no meio da euforia, algumas pessoas que já haviam sido afetadas pela onda de choque come?aram a questionar.
Homem na multid?o:
— Onde vocês v?o levar a gente?!
O general respondeu com um sorriso frio:
General:
— Nós temos instala??es do governo para casos como este. Vocês v?o ficar seguros lá.
Mas foi aí que um estrangeiro, com a voz tremendo de suspeita, gritou:
Estrangeiro:
— Instala??es do governo?! Para fazerem experiências em nós?!
O murmúrio virou um barulho crescente de desconfian?a. O general tentava manter o tom calmo:
General:
— N?o, n?o! N?o s?o experiências. A gente só precisa entender o que se passa com vocês. Isso pode ser uma doen?a tóxica ou radioativa…
De repente, outra pessoa, com olhos brilhando com poder recém-despertado, gritou:
Pessoa na multid?o:
— Ele está mentindo! Eu posso ler os pensamentos dele! Eles querem nos transformar em soldados deles!
Natasha sussurrou para os amigos, com os olhos arregalados:
Natasha:
— Oh, Dios mío…
O tumulto crescia. As pessoas protestavam e o general ainda tentava controlar a situa??o:
General:
— Vocês têm a oportunidade de fazer algo grande pelo nosso país! Os Estados Unidos estar?o no topo com a ajuda de vocês!
Foi quando um brasileiro, com sotaque forte e cheio de raiva, gritou:
Brasileiro:
— Os Estados Unidos n?o é o meu país! Eu só vim aqui ver a Copa! Meu verdadeiro país é o Brasil! Como é que eu vou ser do vosso exército? E o meu Brasil, como fica?!
O tumulto explodiu. Pessoas de diferentes nacionalidades come?aram a gritar, se recusando a ir com o exército.
Russo (apontando pro brasileiro):
— Esse homem aí tem raz?o! Eu n?o posso trabalhar pros Estados Unidos! Tenho meu próprio país que precisa de mim! E se mandarem a gente atacar nossas próprias na??es?
Brasileiro:
— é isso aí! E se a gente recusar? Só queremos voltar pra casa!
If you come across this story on Amazon, be aware that it has been stolen from Royal Road. Please report it.
O general, agora sem paciência, respondeu com frieza:
General:
— Infelizmente, isso n?o é possível.
De repente, os soldados levantaram as armas e apontaram pra multid?o.
Natasha (com a voz falhando):
— Dios mío… No es que aquel desgraciado tenía razón…
Zoey:
— Pois tinha.
Algumas pessoas, com medo, aceitaram entrar nos caminh?es e helicópteros do exército. Outras ficaram, se recusando com firmeza.
O general, obcecado pelo poder, n?o podia permitir que outros países tivessem super-humanos. Ent?o ele ordenou:
General:
— Atirem!
Os soldados abriram fogo.
As ruas viraram um campo de batalha. Pessoas com poderes come?aram a se defender como podiam.
O caos dominava mais uma vez.
Jason e os amigos entraram na corrida pela vida, em panico.
O exército os perseguia com carros blindados e metralhadoras.
Jason usava sua for?a para arremessar veículos e abrir caminho. Natasha lan?ava chamas contra os soldados que tentavam cercá-los.
Mas, quando chegaram num beco sem saída, o desespero bateu.
Jason cerrou os punhos, sentindo a energia pulsar no peito como uma bomba prestes a explodir. Ele queria soltar tudo, abrir caminho à for?a, mas uma rápida olhada ao redor o paralisou — Natasha estava ofegante ao seu lado, com cortes no rosto, e a Zoey sangrava encostada na parede. Os soldados do governo bloquearam a saída. Se ele liberasse toda a for?a ali, n?o só derrubaria os inimigos, mas também esmagaria os amigos e desabaria o próprio beco sobre eles. E naquele momento o seu poder parecia uma amea?a aos seus amigos, seu poder era inútil. Ele rangeu os dentes, impotente
Um veículo militar parou na entrada do beco — uns 40 metros de distancia.
Natasha:
— Eles est?o muito longe, o meu fogo n?o os alcan?a
Jason:
— E eu n?o consigo fazer nada! Nathan, faz aquele truque com tua mente de novo!
Nathan (tremendo):
— Eu n?o consigo… T? assustado demais!
Natasha:
— ?Ahora no es momento de tener miedo! ?O morremos aquí!
Eles estavam encurralados.
Sem portas, sem rotas de fuga. Era o fim.
Mas, no último segundo, um som de motor furioso ecoou.
War surgiu dirigindo uma velha van e bateu com tudo no carro do exército, salvando os quatro.
Os quatro (gritando de alívio):
— War!!!
Eles correram e pularam na van enquanto War acelerava pra fora dali.
Atrás deles, a cidade era um inferno. Pessoas morrendo, fugindo para todos os lados. Helicópteros levando os que se renderam. O resto sendo massacrado.
No carro, os jovens tentavam processar tudo.
Natasha (tentando quebrar o gelo):
— Quando tudo isso acabar... lembre-me de assistir a um filme da Marvel.
Jason:
— War… você tinha raz?o. Eles vieram mesmo por nós.
War (calmo, mas duro):
— Eu avisei.
Zoey (indignada):
— Eles atacaram as pessoas!
War:
— Eu avisei.
Nathan:
— Nosso governo… é mal!
War:
— Eu avisei.
Natasha:
— Tú eres un…
War (interrompendo):
— Isso n?o vai funcionar. Devia só admitir que eu estava certo.
Natasha:
— Ni pensarlo.
Zoey (abaixando a cabe?a):
— War… desculpa… eu…
War (com um olhar compreensivo):
— Fica tranquila, Zoey. Eu entendo. Eles s?o tua família.
O peso emocional do que havia acontecido lá atrás tomou conta do lugar… Os jovens lamentavam bastante pela tragédia e mortes que o exército causou.
Zoey (chorando):
— O que vamos fazer agora? N?o temos pra onde ir! Eles mataram todo mundo lá atrás!
Jason:
— Oh meu Deus… havia crian?as lá. O que está acontecendo aqui?!
Natasha:
— ?Mataram todo mundo, Dios mío, qué vergüenza!
Nathan (desesperado):
— E o que a gente faz agora?! Pra onde vamos?! Como voltamos pra casa?!
War:
— Sinto muito em dizer, mas… vocês n?o podem voltar pra casa.
Zoey:
— Por quê?
Nathan:
— Como assim?!
Natasha:
— Ay no… n?o venha com essa agora…
Jason (racional, mas firme):
— Calma, galera… War tem raz?o. N?o podemos voltar. Em casa é o primeiro lugar que eles v?o procurar. Estaríamos colocando nossas famílias em perigo.
Nathan (desabando):
— Ohhh… de novo n?o!
War:
— N?o podemos voltar pra Nova York agora. Precisamos pensar. Até lá… estamos por nossa conta.
O silêncio tomou conta da van. Eles seguiram pela estrada, sem destino, carregando o peso de saber que agora eram fugitivos.
Garotos que só queriam voltar pra casa.
Horas Depois… No Posto de Gasolina
O grupo parou num posto de gasolina abandonado.
O motor da van estava quase seco.
War desceu pra encher o tanque, Jason foi pegar suprimentos dentro da loja, e Natasha, Zoey e Nathan ficaram no carro.
Tudo parecia… tranquilo.
Nathan, tentando distrair a mente, usava sua telecinese para mover uma lata no ar.
Zoey olhava pela janela, Natasha respirava fundo.
Natasha:
— Vocês notaram algo diferente naquelas pessoas quando usavam os seus poderes?
Zoey:
— O quê? O que você viu?
Natasha:
— Eles tinham marcas em seus corpos que brilhavam
Nathan:
— Eu n?o vi nada.
Zoey:
— Isso é porque você tava com a cabe?a sempre baixa, até o War aparecer.
Natasha:
— Yo también quería no haber visto nada… aquilo foi pesado
Zoey:
— Eu estou com muito medo…
Natasha (abra?ando Zoey):
— N?o tenhas medo, eu protejo você... N?o deixo que nada e ninguém te fa?a mal.
Nathan:
— até do War?
Zoey:
— Nathan!..
Natasha:
— Principalmente del War.
Zoey:
— E o que o War tem a ver com essa conversa?!
Natasha:
— é só ver o brilho dos teus olhos quando falas dele
Zoey:
— n?o tem nada nos meus olhos, vocês est?o imaginando coisas…
Eles continuavam conversando, até que lá dentro da loja, Jason come?ou a tremer.
As m?os dele brilharam com uma energia azul intensa.
Seus olhos também come?aram a emitir luz.
Jason (sussurrando, com medo):
— N?o… de novo, n?o…
Seu peito queimava, a energia acumulada escapando por cada poro.
Entrando em sobrecarga.
Uma explos?o de energia rasgou o teto da loja, subindo ao céu como um raio azul brilhante.
Os raios come?aram a sair do corpo dele em todas as dire??es.
Um deles acertou um tanque de combustível próximo.
BOOOOM!
A explos?o foi devastadora.
War, do lado de fora, viu a bola de fogo vindo na dire??o deles.
Ele correu e bateu com for?a a porta da van, fechando-a no último segundo, protegendo Natasha, Zoey e Nathan dentro dela.
Na fra??o de segundo antes da onda de choque, Natasha viu War e teve um flash do Tony fechando a porta do café.
Uma lembran?a que gelou o cora??o dela.
A explos?o os atingiu com for?a brutal.
A van foi arremessada e capotou violentamente.
War foi esmagado contra o lado do veículo com tanta for?a que ficou com o corpo queimado e ferido gravemente, numa situa??o de quase morte.
Jason, inconsciente no meio dos escombros, com a pele ainda brilhando fracamente.
A van amassada, com Natasha, Zoey e Nathan presos e atordoados lá dentro.
Mais um momento de panico.
Mais um desastre.
Mais uma tragédia na vida desses jovens.
O que aconteceu com Jason? War está vivo?
Continua…